Ensino superior

Prédio não é arrematado e Fesp fala sobre o motivo do leilão e o futuro da faculdade

Sede da Fesp, em Curitiba. Foto: Divulgação/ RCE Construtora

Não houve interessados na aquisição do prédio da Faculdade de Educação Superior do Paraná (Fesp-PR), que é mantida pela Fundação de Estudos Sociais do Paraná (Fesp), no 2º leilão público, realizado na manhã desta segunda-feira (14). O imóvel localizado no Centro de Curitiba, que conta com mais de 10 mil metros quadrados de área construída, tinha como lance mínimo o valor de R$ 31,4 milhões.

Endereço desde 1967 desta instituição privada de ensino superior de Curitiba, que foi fundada em 1937, pelo educador, professor e jurista Oscar Joseph de Plácido e Silva – também fundador da Gazeta do Povo – o imóvel não estava mais adequado às atividades atuais da faculdade, de acordo com a Fesp, por conta de seu tamanho.

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Conforme a Fundação, a decisão de vender o prédio partiu da própria instituição, que a por um processo de reestruturação, mas que não deve resultar em fechamento da faculdade ou em outra alteração acadêmica para os alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. “A venda do prédio é parte do planejamento estratégico visando a adequação da instituição aos desafios dos novos tempos”, informou a Fesp, em nota também enviada a seus alunos, funcionários e à comunidade acadêmica.

“No tocante à parte acadêmica, nenhuma alteração irá ocorrer. A Fesp continuará com o seu corpo docente, com a mesma estrutura acadêmica e com a mesma qualidade de ensino, que sempre ofereceu a todos os seus alunos”, ressalta a nota da Fundação, que é responsável pela faculdade.

Grande demais

O diretor presidente da Fesp, Gilson Bonato, explica que grande parte da atual estrutura tem ficado sem uso, por comportar um número de estudantes muito maior que o de alunos hoje matriculados. “Nós verificamos que as nossas instalações hoje, estão muito grandes para a nossa finalidade educacional. Nós temos hoje, em torno de mil alunos em um prédio que comportaria quatro mil alunos. Tem muito espaço ocioso”, afirmou o diretor, em conversa com a Tribuna do Paraná.

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Ainda de acordo com Bonato, o tamanho do espaço, algumas dívidas e a possibilidade de mudar para um local menor, próprio ou alugado, levou à venda do imóvel. “Nós decidimos que era o momento de (vender), até em razão de algumas dívidas que nós temos, situação que todos os grupos educacionais estão ando. O Conselho Superior resolveu que nós deveríamos vender o prédio ou continuar no mesmo prédio, mas em uma parte dele, se alguém que fizesse a compra pudesse locar para a Fesp uma parte do prédio. Ou temos a opção de partimos para a compra de um prédio menor e central. Ou até a Fesp verificar, se hoje em dia, não é mais fácil nós termos a locação”, disse.

Alienação judicial

Apesar de ter dívidas, a Fesp ressaltou que o motivo da realização de um leilão para a venda do prédio, não tem origem em nenhuma eventual execução judicial movida por credores. “Tratando de Fundação, a alienação de qualquer bem necessita de parecer favorável do Ministério Público das Fundações e ainda de procedimento judicial. Assim, a instituição ingressou com pedido de alienação judicial, optando pelo praceamento do bem (leilão), de forma voluntária, tendo em vista que não existe nenhuma execução judicial em desfavor da Fesp. Trata-se, pois, de medida de jurisdição voluntária, impulsionada pela própria Fesp, primando pela lisura e pela transparência na alienação do bem imóvel”.

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A instituição também informa que, pelo menos até julho de 2021, deve seguir sediada em seu atual endereço. “Caso a venda do imóvel ocorra por meio de praça, mesmo assim a Fesp continuará usando as instalações atuais até julho de 2021, podendo posteriormente continuar no mesmo espaço, menor e mais adequado para as suas necessidades atuais, ou, ainda, adquirirá novo imóvel, para a sua sede, em local próximo ao atual”.

Veja a nota da Fesp na íntegra

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