Brasília – O Banco do Brasil fechou o primeiro semestre do ano com um lucro líquido de R$ 1,079 bilhão, valor 31,1% superior ao lucro apurado no primeiro semestre de 2002, de R$ 823 milhões. “Não dá para ficar mais satisfeito. Estou muito feliz com os números”, comemorou o presidente da instituição, Cássio Casseb Lima. O bom resultado permitirá ao BB pagar R$ 321,9 milhões em dividendos aos seus acionistas. O Tesouro Nacional receberá cerca de R$ 230 milhões desse valor, já que o governo detém a maior parte das ações do banco.
Na avaliação de Casseb, o lucro obtido pelo BB reflete o aumento da base de clientes e a expansão da carteira de crédito do banco. “Talvez o mais importante de tudo é que aumentamos em 1,3 milhão o número de clientes”, disse o executivo, citando os 16,7 milhões de correntistas da instituição.
A carteira de crédito atingiu R$ 68,7 bilhões, um crescimento de 20,4% em relação aos R$ 57 bilhões acumulados no final de junho de 2002. “Tivemos várias vitórias ao longo do semestre, e isso mostra que estamos evoluindo num ritmo muito favorável”, salientou Casseb.
O patrimônio líquido do Banco do Brasil subiu 36,2%, para R$ 10,872 bilhões ao final de junho. Em termos de ativos, o banco fechou o primeiro semestre do ano com R$ 205,762 bilhões, um aumento de 21,1% em relação aos ativos totais contabilizados em junho de 2002. Projetando o lucro obtido pelo BB no semestre para o ano, ele representa um retorno sobre o patrimônio líquido de 22,7%, porcentual que supera inclusive o resultado obtido por alguns bancos privados. O ganho com tarifas do BB, que foi de R$ 2,561 bilhões nos primeiros seis meses do ano, foi suficiente para pagar 85,7% da folha de pagamento dos 79 mil funcionários da instituição.
Captações
No primeiro semestre, o BB captou US$ 689 milhões em recursos no exterior, já superando a meta de US$ 500 milhões em captações, inicialmente prevista pela diretoria. O vice-presidente de Negócios Internacionais e Atacado do BB, Rossano Maranhão, adiantou que novas captações serão feitas no segundo semestre. “Devemos fechar o ano com um total de US$ 1 bilhão de captações no mercado de capitais, mas não posso dizer quando faremos isso.”
As despesas istrativas do BB atingiram R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre, o que representou um crescimento de 15,1% em relação aos gastos dos primeiros seis meses de 2002. Boa parte desse aumento está relacionada ao crescimento de 14,1% das despesas de pessoal, que subiram de R$ 2,62 bilhões para R$ 2,99 bilhões. Mas se a comparação for feita com as despesas do segundo semestre do ano ado, percebe-se que houve uma redução de R$ 57 milhões desses gastos.
“Isso é resultado da otimização de processos e do controle de custos implementados ao longo do primeiro semestre”, explicou o gerente de Relações com Investidores do BB, Marco Geovanne Tobias da Silva. “O resultado do banco, como um todo, reflete uma melhoria em todos os processos, que permite uma geração de resultados consistentes”, destacou Silva.
