Brasília – O governo fechou ontem com os usineiros, um acordo para garantir uma redução nos preços do álcool vendido aos distribuidores. Depois de uma reunião durante toda a manhã no Palácio do Planalto, 60 representantes do setor sucroalcooleiro afirmaram que vão voltar a vender o litro do álcool por um valor abaixo de R$ 1,00, como já havia sido acertado com o governo. Segundo o presidente da União das Agroindústrias Canaveiras (Unica), Eduardo Carvalho, alguns usineiros acabaram descumprindo o acordo, mas vão voltar atrás imediatamente.
Houve um descumprimento do compromisso com o governo e com os consumidores, mas a situação vai ser diferente agora. Isso não é conversa mole. A partir de hoje (ontem), os preços de venda dos produtores vão cair – disse Carvalho.
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que participou do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os usineiros informou, no entanto, que o governo ainda precisa conversar com os distribuidores para garantir que a redução nos preços do álcool feita pelas usinas seja reada aos consumidores. Para isso, a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, vai se reunir hoje com representantes da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para fiscalizar as vendas de combustível feita no varejo.
Carvalho afirmou que para garantir a oferta de álcool no mercado e a redução nos preços do produto, o setor vai antecipar a colheita da safra de maio para março – o que resultará numa oferta de 600 milhões de litros – e utilizar estoques da região Nordeste no valor de 70 milhões de litros. Ele explicou que os produtores vão dar garantias de que vão produzir álcool com a safra antecipada por meio de contratos firmados entre cada usineiro com seu sindicato.
Com os contratos, os produtores se comprometem a produzir mais álcool. Em caso de descumprimento, o sindicato pode emitir uma letra de câmbio contra o produtor e ainda aplicar uma multa – disse o presidente da Unica.
Alguém está ganhando (de)mais
Para a Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcopar), a alta de 23% no preço médio do álcool em Curitiba – que ou de R$ 1,30 para R$ 1,60 no último final de semana – não se justifica somente pelo reajuste ocorrido nas usinas, por causa da entressafra. “Não vejo explicação para o álcool hidratado sair da usina a R$ 0,85 na sexta-feira ada e chegar a R$ 1,50 nos postos”, afirma o superintendente da Alcopar, Adriano da Silva Dias. Ele acredita que a elevação nas bombas esteja relacionada ao aumento das margens de lucro de distribuidoras e postos. “Se em janeiro o álcool subiu R$ 0,06 nas usinas, por que subiu R$ 0,20 nos postos"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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